Aprendi muitas coisas desde que entrei pra universidade, em 2006. No entanto, provavelmente a lição mais importante é que o conhecimento não mora necessariamente lá. Não é uma perda de tempo a universidade, mas acho ligada demais ao personalismo de certas figuras,e acho que isso atravanca o processo.
Para os próximos dois anos pelo menos, pretendo aprender com Mestres do quilate de J. R. R. Tolkien, Jorge de Sena, James Joyce, Melville, Tolstói, Dostoyevsky, Ruy Belo, Luiz Miguel Nava.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Estudantes e feriados.
Mesmo eu não sendo exatamente uma fã de cálculos e estatísticas, minhas experiências como aluna, mãe e professora me mostraram que grande parte dos alunos vê nos feriados uma grande oportunidade de se libertar da tortura de estudar. Primeiro, por não precisarem ir para a escola.Segundo, apelando para o salutar descanso, e bem merecido somente no caso de bem poucos alunos muito dedicados. Sendo assim, vamos por partes.
Equilíbrio é muito importante quando se trata da construção das nossas vidas, e é algo plenamente desprezado durante a nossa juventude, período da vida em que nos sentimos irmãos siameses do superman. Quem é de estudar exagera, quem é de trabalhar exagera, quem é de vagabundear também. Excessos, como sabemos, não fazem bem.
Pode ser proveitoso pensar porque se rejeita assim o que chamarei de "tempo da escola", porém, isso me leva imediatamente a perguntar se é a escola que rejeitam ou a formação, a possibilidade de aprender. E nas nossas instituições de ensino há a possibilidade de estarmos em contato com o conhecimento? Bom, responder a isso será para uma outra postagem.
Para quem estuda sem se prender às limitações do nosso ensino, nem dos anseios do capitalismo, e mesmo para quem estuda visando o mercado de trabalho, um feriado é uma grande oportunidade de ler textos com calma; fazer ou refazer cálculos complexos, buscar informações suplementares, ou ler algo que está fora da sua alça de mira, buscando pura distração ou uma formação mais ampla e baseada.
A vida é repleta de oportunidades, muitos já disseram, mas nunca é demais repetir. Mesmo as adversidades, os erros, são oportunidades de aprender, guardado o tempo necessário para afastar as mágoas - que embaçam a nossa visão. Aprender, assim como viver, é difícil e trabalhoso, mas sem isso não aproveitamos a vida amplamente.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Atividades extracurriculares
Lavadeira - PAUL GUIGOU 1860
Estudamos sob curriculuns escolares que não determinamos. Em que pese esta ser uma parte importante da nossa formação, há uma série de experiências que podemos e devemos ter fora da sala de aula. Para alguém que estude engenharia civil, por exemplo, visitar as construções do Niemeyer é tão ou mais importante do que muitos livros.
Esta pintura belíssima que vemos nesta postagem está em exposição no CCBB RJ, como parte de IMPRESSIONISMO, PARIS E A MODERNIDADE, até 13 de janeiro de 2013. Eu fui apreciar as obras no dia 2, e nesta quarta dia 7 levei os meus pequenos. Arte é essencial na vida das pessoas, mais ainda para os que estão em plena formação escolar/acadêmica.
Aproveitando a internet, há sites como o DOMÍNIO PÚBLICO, repleto de obras literárias, obras de arte; há a possibilidade de ouvir e/ou baixar as obras de Beethoven; Karl Orf; Vivaldi, Verdi, se falamos em música. Precisamos desvincular o aprendizado da necessidade de diplomas visando o mercado de trabalho. Somos humanos, pessoas únicas e isso precisa ser construído diariamente. Sem isso, que contribuição podemos dar, que marcas vamos deixar?
Olho para essa pintura e penso no quão limitada deve ser a vida de uma lavadeira, de alguém que busca seu sustento em atividades braçais, exaustivas portanto, e que remuneram pouco, de modo que muito mal se "ganha para as sopas", como escreveu Cesário Verde, acerca de uma passadeira. Embora necessitemos de trabalhar para viver, e as profissões fazem parte da organização social, com tarefas diferentes sendo executadas, precisamos acumular formação e utilizá-la, por exemplo, pensando sobre essa própria sociedade em que estamos inseridos, com a qual certamente temos algo a contribuir. Será que tudo tem de ser como está? Se deve mudar, por que, para quê, como, quando? Perguntar é próprio de quem pensa.
Estudamos sob curriculuns escolares que não determinamos. Em que pese esta ser uma parte importante da nossa formação, há uma série de experiências que podemos e devemos ter fora da sala de aula. Para alguém que estude engenharia civil, por exemplo, visitar as construções do Niemeyer é tão ou mais importante do que muitos livros.
Esta pintura belíssima que vemos nesta postagem está em exposição no CCBB RJ, como parte de IMPRESSIONISMO, PARIS E A MODERNIDADE, até 13 de janeiro de 2013. Eu fui apreciar as obras no dia 2, e nesta quarta dia 7 levei os meus pequenos. Arte é essencial na vida das pessoas, mais ainda para os que estão em plena formação escolar/acadêmica.
Aproveitando a internet, há sites como o DOMÍNIO PÚBLICO, repleto de obras literárias, obras de arte; há a possibilidade de ouvir e/ou baixar as obras de Beethoven; Karl Orf; Vivaldi, Verdi, se falamos em música. Precisamos desvincular o aprendizado da necessidade de diplomas visando o mercado de trabalho. Somos humanos, pessoas únicas e isso precisa ser construído diariamente. Sem isso, que contribuição podemos dar, que marcas vamos deixar?
Olho para essa pintura e penso no quão limitada deve ser a vida de uma lavadeira, de alguém que busca seu sustento em atividades braçais, exaustivas portanto, e que remuneram pouco, de modo que muito mal se "ganha para as sopas", como escreveu Cesário Verde, acerca de uma passadeira. Embora necessitemos de trabalhar para viver, e as profissões fazem parte da organização social, com tarefas diferentes sendo executadas, precisamos acumular formação e utilizá-la, por exemplo, pensando sobre essa própria sociedade em que estamos inseridos, com a qual certamente temos algo a contribuir. Será que tudo tem de ser como está? Se deve mudar, por que, para quê, como, quando? Perguntar é próprio de quem pensa.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Cotas nas Universidades Públicas
Qual a relação entre cotas e o Teatro Municipal? Apenas que relacionam-se a pessoas e cultura numa mesma sociedade. Mesma sociedade? Que mesma sociedade? Acho que é partindo dessa pergunta que deve ser feita a discussão. E sim, no momento sou a favor das cotas, como medida temporária.
Veja, entrei para a graduação através do PRO-UNI. Eu já vinha fazendo vestibular há 5 anos quando o programa surgiu. Mas eu havia concluído o Ensino Médio em 1990, consegui a bolsa para o ano letivo de 2006. Tive muitas preocupações para recuperar os conteúdos que compunham a minha defasagem. Esse é um ítem muito importante quando falamos em cotas, pois esta medida está diretamente relacionada com a baixa qualidade da escola pública brasileira. Vem daí as dificuldades dos alunos cotistas e bolsistas: o ensino superior é parte num sistema educacional, e o êxito neste nível está grandemente ligado aos conteúdos apreendidos nas etapas anteriores.
Penso, no entanto, que o ensino superior tem muita relação com a maturidade do aluno, até porque não é uma continuação e sim um novo patamar na formação. É uma formação que pode abrir portas para o mercado de trabalho ou promoções na carreira já existentes, mas não é para isso que o ensino acadêmico existe, não é para tão pouco.
Esta é uma medida do governo brasileiro, mas pergunto que outras medidas estão sendo ou serão tomadas com o objetivo de construir uma educação de qualidade neste país, em todos os níveis, nas redes públicas e privadas? Essa é, a meu ver, a questão que interessa.
A foto que inicia esta postagem eu tirei recentemente da lateral do Teatro Municipal com o celular mesmo, um dia desses, porque ainda não entrei lá depois da reforma. Só entrei nesse maravilhoso lugar uma vez, a convite de uma amiga, para ver a exibição do filme Limite, que havia sido restaurado e cuja trilha sonora seria tocada ao vivo pela orquestra. Isso foi em 1989. Minha amiga, por acaso é branca. Recebi muitos olhares atravessados naquele dia. Será que é tão estranho alguém gostar de cultura, conhecer músicas de concerto, buscar formação em razão da cor e da condição de baixa renda econômica?
Enquanto ainda se achar inesperado um negro e um pobre escolherem carreiras acadêmicas e pugnarem pelo seu lugar ali, enquanto não construirmos uma sociedade com condições iguais para todos, muitas medidas serão necessárias, inclusive as cotas.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Portas, janelas, metáforas...
Se as pessoas tivessem noção de quão libertador o conhecimento pode ser, como seria o mundo? Será que teríamos a coragem necessária para sermos livres?
Tenho pensado nas teorias marxistas que conheço; nas primeiras experiências socialistas no mundo (do surgimento ao encerramento) e no quanto possa haver de possibilidade de transformação do mundo, considerando que o capitalismo está já tão arraigado na sociedade que parece ser impossível construir e estruturar outro modo de vida, outros costumes e outros objetivos.
Talvez eu possa partir daí: - as pessoas estão pensando as próprias possibilidades ou simples e cegamente estão tentando "chegar lá"? Como será possível organizar o mundo de modo que haja igualdade na quantidade de trabalho realizado por cada um, e na divisão dos que for produzido? Como haverá justiça social? Por onde começar a mudar o sistema, pelas eleições? Reparos ou Revolução?
Talvez não costumemos nos dar conta da importância das propostas, mas realizamos depois de termos pensado sobre e não o contrário. Quando eu já tinha o meu menino mais velho, um amigo disse que não havia razão para eu estar fora da universidade. Até aquele dia, eu tinha como certo que eu nunca faria faculdade. Pensemos nisso. Não teorizamos o mundo por esporte...
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Eric J. Hobsbawm
Morreu hoje, 1 de outubro de 2012, como está sendo amplamente noticiado, o historiador Hobsbawm. Seus livros de história são parte fundamental dos meus estudos, mesmo eu sendo de literatura, porque penso no mundo que temos e me preocupo com o mundo que estamos construindo, e isso só se faz, penso, conhecendo nosso passado. Me sinto algo órfã, por um lado, porque ele não escreverá mais, mas sou feliz por ter acesso aos seus escritos já há algum tempo.
95 anos de vida de alguém que bem poderia viver e escrever por mais uns 40 aninhos. Mas, devo me conformar, é da nossa condição a finitude da vida. Hobsbawm, assim como Jorge de Sena, Baudelaire, Camões, Joyce, Hemingway, Mann, Melville, Jane Austen, Kafka e tantos outros passam a habitar, definitivamente, o espaço textual. Presente Sempre.
domingo, 30 de setembro de 2012
Associações, entidades e sindicatos.
A área da educação, assim como outras na sociedade, possuem suas formas de organização e respectivas entidades, e penso que conhecer um pouco esse universo seja importante. Participar também. Vamos ver algumas:
Hoje descobri a ABED - Associação Brasileira de Ensino à Distância, cuja página na internet é http://www2.abed.org.br/ . Nesta página, além de informações sobre a entidade, há um link Biblioteca, com recomendações de livros; e artigos disponibilizados para ler.
A UNE - União Nacional dos Estudantes é bem famosa, já tem mais de meio século de existência, com perfís diferentes com o passar do tempo. Sua página é www.une.org.br
ANDES - Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior, cuja página é www.andes.org.br
(este post vale uma pesquisa de fôlego, "tipo" durante esta semana toda...)
sábado, 29 de setembro de 2012
Ensino à distância ou como ser aluno e professor no mundo atual.
Confesso que acho fundamental o ensino presencial, mas, quando se vive em sociedade, não é possível ficar impassível às mudanças e, em alguns casos, temos sim de nos adaptar. No entanto, creio que há como manter-se alguma qualidade no ensino, desde que se entenda que os alunos, assim como os professores e as instituições, devem estar comprometidos com o aprendizado, o que significa que as tarefas inerentes aos estudos devem ser cumpridas. As leituras de livros, artigos acadêmicos, jornais, etc, não estão dispensados, senhoras e senhores.
Há uma preocupação com a mediação neste tipo de curso. No que escolhi a instituição parece cuidar bem disso, tanto pelas primeiras atividades envolverem apresentação e interação via e-mail, como na primeira videoconferência já terem tocado na necessidade de os alunos interagirem com o curso e com os colegas.
O que posso afirmar de cara é que é preciso organização, tanto quanto num curso presencial. Desse modo, a flexibilidade que este tipo de estudo permite não se tornará sinônimo de bagunça. Então, horário e tempo pra estudar, assim como espaço físico e material didático para anotações não são peças de museu.
Aos meus colegas, bom curso.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Livros, livros e mais livros...
Esses são uns "livrinhos singelos" que estou lendo pra minha dissertação: VERSO COM VERSO, do Jorge Fernandes da Silveira (UFRJ); CRÍTICA DA MORAL CANSADA, do Ronaldo Lima Lins(UFRJ); MARXISMO E TEORIA DA LITERATURA, do Gyorgy Lukács; OS TRABALHOS E OS DIAS d Hesíodo; OBRAS COMPLETAS de Carlos de Oliveira.
Essa é só uma parte, é claro. O principal mesmo são as obras do próprio Jorge de Sena. E penso, hoje, nessa questão de organizarmos o que precisamos ler, em que ordem, bem como a necessidade de aprendermos a rejeitar as leituras que não poderemos fazer (seja devido à exiguidade do tempo, seja devido à necessidade de não ser repetitivo no assunto, etc). Saber escolher é fundamental também quando somos alunos.
Tão importante quanto saber escolher é saber ler. Sim, saber ler. Quando lemos algo, precisamos entender todo o vocabulário, pois isso faz diferença no sentido do texto. Momento e fase, por exemplo, embora tenha relação com o tempo, são palavras com significados bem diversos. Do mesmo modo, se o texto se refere a algo que desconhecemos, como um evento histórico por exemplo, é preciso ou útil se informar sobre o que significa. Penso que essas coisas interferem no entendimento do texto, penso que seja mais eficaz ter esses cuidados do que ficar lendo o mesmo texto diversas vezes.
Atenção é algo fundamental, assim como óculos, quando precisamos deles. Penso que muitos detalhes influenciam - para o bem e para o mal - no rendimento dos nossos estudos.
Essa é só uma parte, é claro. O principal mesmo são as obras do próprio Jorge de Sena. E penso, hoje, nessa questão de organizarmos o que precisamos ler, em que ordem, bem como a necessidade de aprendermos a rejeitar as leituras que não poderemos fazer (seja devido à exiguidade do tempo, seja devido à necessidade de não ser repetitivo no assunto, etc). Saber escolher é fundamental também quando somos alunos.
Tão importante quanto saber escolher é saber ler. Sim, saber ler. Quando lemos algo, precisamos entender todo o vocabulário, pois isso faz diferença no sentido do texto. Momento e fase, por exemplo, embora tenha relação com o tempo, são palavras com significados bem diversos. Do mesmo modo, se o texto se refere a algo que desconhecemos, como um evento histórico por exemplo, é preciso ou útil se informar sobre o que significa. Penso que essas coisas interferem no entendimento do texto, penso que seja mais eficaz ter esses cuidados do que ficar lendo o mesmo texto diversas vezes.
Atenção é algo fundamental, assim como óculos, quando precisamos deles. Penso que muitos detalhes influenciam - para o bem e para o mal - no rendimento dos nossos estudos.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Livros arrumadinhos na estante, mesa ou prateleira...
...podem ser sinal de que sejam meros objetos para enfeitar sua casa, servindo também à causa de passar uma impressão de sua cultura. Não, eu não estou argumentando em prol do caos total (ao menos, não durante a totalidade do tempo);uma certa ordem é, inclusive, muito benéfica aos estudos.
A pilha desta foto, por exemplo, é a reunião dos SARAMAGOS que possuo. E estão arrumadinhos porque no momento não os posso ler.
Essa outra foto traz uma pilha de uma revista acadêmica, a METAMORFOSES, editada pela Cátedra Jorge de Sena - UFRJ. Não espero que todos saibam, mas o poeta português Jorge de Sena (1919-1978) é o autor objeto do meu mestrado. Foi essencialmente poeta, mas também um exímio ensaísta, estudioso de literaturas, romancista, tradutor e autor de contos.
Estas revistas assim organizadas são um exemplo de algo cuja ordenação e proximidade é essencial para os estudos. Esse é um material que ocupa um lugar de destaque nos meus estudos e, por essa razão, devem estar à mão todos os dias.
A pilha desta foto, por exemplo, é a reunião dos SARAMAGOS que possuo. E estão arrumadinhos porque no momento não os posso ler.
Essa outra foto traz uma pilha de uma revista acadêmica, a METAMORFOSES, editada pela Cátedra Jorge de Sena - UFRJ. Não espero que todos saibam, mas o poeta português Jorge de Sena (1919-1978) é o autor objeto do meu mestrado. Foi essencialmente poeta, mas também um exímio ensaísta, estudioso de literaturas, romancista, tradutor e autor de contos.
Estas revistas assim organizadas são um exemplo de algo cuja ordenação e proximidade é essencial para os estudos. Esse é um material que ocupa um lugar de destaque nos meus estudos e, por essa razão, devem estar à mão todos os dias.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Local adequado pra estudar.
Essa foto é uma vista possível de uma das janelas da biblioteca da Maison de France, que fica no 11º andar do prédio localizado no Centro do Rio de Janeiro/RJ. Eu tirei com o meu celular (calma, não pensava em ganhar o Pulitzer como fotógrafa!) nesta segunda -17.09 - enquanto lia uma das obras fundamentais para a minha dissertação de mestrado. Esta biblioteca é aberta ao público, desde que seguidas as regras de seu cadastramento e com o pagamento da devida taxa anual, que não é de valor impeditivo.
Bibliotecas são essenciais na vida de qualquer estudante e pesquisador sério, principalmente devido aos livros necessários que possui, mas também pela possibilidade de leitura com um nível de concentração maior, o que tem muita relação como o local. Salas de leitura tem a vantagem adicional de permitir que levemos nossos próprios livros para um local adequado.
Ler, estudar são atividades que demandam pensamentos - escritos ou não - como consequência. Pensando nisso, não podemos desprezar o papel do local de leitura e estudo. Mesmo que desenvolvamos nossas atividades em casa, é preciso organização, planejamento e disciplina.
Se essas condições são fundamentais nos alunos do estudo convencional/presencial, há que se redorar a disciplina quem se propuser a realizar os estudos na modalidade EAD, ou seja Ensino à Distância. Em toda a situação de aprendizado o esforço do aluno é condição inerente, mas para se estudar sozinho - pois no EAD temos fóruns, os e-mails de todos, mas não estudamos todos ao mesmo tempo no mesmo ambiente - é preciso um nível de maturidade e compromisso extra.
Bibliotecas são essenciais na vida de qualquer estudante e pesquisador sério, principalmente devido aos livros necessários que possui, mas também pela possibilidade de leitura com um nível de concentração maior, o que tem muita relação como o local. Salas de leitura tem a vantagem adicional de permitir que levemos nossos próprios livros para um local adequado.
Ler, estudar são atividades que demandam pensamentos - escritos ou não - como consequência. Pensando nisso, não podemos desprezar o papel do local de leitura e estudo. Mesmo que desenvolvamos nossas atividades em casa, é preciso organização, planejamento e disciplina.
Se essas condições são fundamentais nos alunos do estudo convencional/presencial, há que se redorar a disciplina quem se propuser a realizar os estudos na modalidade EAD, ou seja Ensino à Distância. Em toda a situação de aprendizado o esforço do aluno é condição inerente, mas para se estudar sozinho - pois no EAD temos fóruns, os e-mails de todos, mas não estudamos todos ao mesmo tempo no mesmo ambiente - é preciso um nível de maturidade e compromisso extra.
sábado, 15 de setembro de 2012
"Sala da imaginação"
Esta sala foi construida na Universidade de Bangcoc, "para estimular a criatividade". É claro, fico pensando nos prédios das faculdades de letras, em que as bibliotecas estão grandemente pobres de livros e inseguras, sem ar condicionado e boas mesas de leitura, ou seja, o básico. No entanto, olhar este tipo de matéria, penso em aproveitar algumas idéias - como ter contato frequente com arte, música e gibis.
( http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI6153877-EI8266,00-Para+estimular+criatividade+universidade+cria+sala+da+imaginacao.html )
Acho que, embora mudanças estruturais dependam da coletividade e do seu órgão regulador, refiro-me ao Estado, fazemos parte desses coletivos e - portanto- nosso esforço pessoal importa muito. (Sem falar no gostinho de alcançarmos o nosso potencial e, porque não? superarmos nossos limites). Então, combinar estudo árduo com algumas "distrações" e criarmos, nem que seja primeiro em casa, um ambiente para estimular nossa criatividade. Penso que não custa tentar.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Um longo caminho.
Hoje em dia acho engraçado, mas uma das primeiras coisas que pensei ao saber que estava grávida, vinte anos atrás, foi que trabalharia para enviar meu menino pra UNICAMP. E ele, desde pequeno, sempre foi muito estudioso e tinha muita facilidade em aprender. Conforme ele foi crescendo, comentei com ele esse meu desejo, mas sempre ficou claro que a decisão seria dele. À época de prestar o vestibular, ano passado, ele optou pela UFRJ. Está estudando lá e eu sou muito feliz por isso.
Embora utilizemos a palavra sonho associada ao caminho acadêmico de um filho, entrar para a universidade está relacionado a trabalho árduo e constante, bem como o entendimento do que isso significa: um caminho acadêmico, embora não precise excluir o trabalho, é uma escolha em que o retorno financeiro demorará mais do que pegar o primeiro emprego que aparecer aos 18 anos. É uma escolha que exige grandes compromissos. É um estilo de vida.
Do mesmo modo, permanecer e se destacar na universidade não é algo automático, são conquistas periódicas, baseadas em esforço diário. E é preciso aprender a viver no meio dessa trabalheira toda: brincar, ter distrações (o meu menino é fã de desenhos japoneses e cinema), ouvir música, comer doce... e olhar à frente.
Embora utilizemos a palavra sonho associada ao caminho acadêmico de um filho, entrar para a universidade está relacionado a trabalho árduo e constante, bem como o entendimento do que isso significa: um caminho acadêmico, embora não precise excluir o trabalho, é uma escolha em que o retorno financeiro demorará mais do que pegar o primeiro emprego que aparecer aos 18 anos. É uma escolha que exige grandes compromissos. É um estilo de vida.
Do mesmo modo, permanecer e se destacar na universidade não é algo automático, são conquistas periódicas, baseadas em esforço diário. E é preciso aprender a viver no meio dessa trabalheira toda: brincar, ter distrações (o meu menino é fã de desenhos japoneses e cinema), ouvir música, comer doce... e olhar à frente.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Pra que serve o aprendizado?
Esta cadeira eu estava pintando, um dia desses, mais para proteger do processo de enferrujamento, do que confiando que ganharia uma pintura uniforme. Ela comporá o meu escritório pequeno e improvisado, mas muito eficaz. Um espaço para estudar ou simplesmente ler em casa é algo grandemente necessário. Concentração é um elemento fundamental para a apreciação de qualquer tipo de texto que necessitemos ou que desejemos ler.
Pensando, aliás, em leituras as razões pelas quais dedicamos tempo a isso, ocorre-me um assunto: esta associação imediata entre cursar uma graduação e o mercado de trabalho. Para quem pensa que o objetivo principal de uma universidade seja fornecer profissionais para o mercado de trabalho, isso é a prova da forte limitação de opções de pensamento, o tal padrão que a propaganda capitalista alardeia.
Estudar, ler e pensar tem relação com a nossa formação enquanto seres humanos, portanto seres da e na cultura, bem como pessoas que se relacionam com outras pessoas. É claro que a academia nos transmite informações e conhecimentos muito necessários de serem divididos com o conjunto da sociedade, o que pode acontecer quando lecionamos e ocupamos uma vaga num emprego, mas também é essencial para criarmos nossos filhos, ajudarmos a formar os mais novos que conhecemos (vizinhos, irmãos mais novos, amigos), bem como seguirmos tomando decisões de todo o tipo pela vida afora.
Não há limites para o que podemos aprender desde que nos dediquemos a isso, mesmo que o que a gente aprenda não tenha um uso imediato ou mercantil. Aprender a pensar e agir independente do ganho financeiro, ou dessa preocupação é, aliás, um dos maiores ganhos, é aprender a viver com liberdade porque informado.
Pensando, aliás, em leituras as razões pelas quais dedicamos tempo a isso, ocorre-me um assunto: esta associação imediata entre cursar uma graduação e o mercado de trabalho. Para quem pensa que o objetivo principal de uma universidade seja fornecer profissionais para o mercado de trabalho, isso é a prova da forte limitação de opções de pensamento, o tal padrão que a propaganda capitalista alardeia.
Estudar, ler e pensar tem relação com a nossa formação enquanto seres humanos, portanto seres da e na cultura, bem como pessoas que se relacionam com outras pessoas. É claro que a academia nos transmite informações e conhecimentos muito necessários de serem divididos com o conjunto da sociedade, o que pode acontecer quando lecionamos e ocupamos uma vaga num emprego, mas também é essencial para criarmos nossos filhos, ajudarmos a formar os mais novos que conhecemos (vizinhos, irmãos mais novos, amigos), bem como seguirmos tomando decisões de todo o tipo pela vida afora.
Não há limites para o que podemos aprender desde que nos dediquemos a isso, mesmo que o que a gente aprenda não tenha um uso imediato ou mercantil. Aprender a pensar e agir independente do ganho financeiro, ou dessa preocupação é, aliás, um dos maiores ganhos, é aprender a viver com liberdade porque informado.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Que planejamentos envolvem uma formação acadêmica?
É comum, penso, quando entramos para a faculdade, pensar na organização do estudo em termos de espaço físico e tempo dedicado a isso, tudo isso a depender - sempre - da dinâmica de horários e demanda de leituras ou exercícios do curso em questão.
Acontece que nada é tão simples assim. Há outros quesitos a considerar. Professores, bancas, eventos, de um lado; condições das bibliotecas e/ou laboratórios de informática e as perspectivas, levando em consideração o tratamento que os governos (não) dão à educação, à condição de exercício das profissões - vejam que falo em condições, não só em salário.
Podemos sofrer grandes decepções, mas, as pequenas são certas. Isso nem é tão ruím, afinal só é possível viver essa experiência, não dá pra antecipar teorizando. Sim, pode ser um caminho bem difícil. Esse termo que as pessoas utilizam para se referir a nós - "só estudam" - é a prova do quanto desconhecem o significado e as implicações de se propor a construir uma formação intelectual.
Acontece que nada é tão simples assim. Há outros quesitos a considerar. Professores, bancas, eventos, de um lado; condições das bibliotecas e/ou laboratórios de informática e as perspectivas, levando em consideração o tratamento que os governos (não) dão à educação, à condição de exercício das profissões - vejam que falo em condições, não só em salário.
Podemos sofrer grandes decepções, mas, as pequenas são certas. Isso nem é tão ruím, afinal só é possível viver essa experiência, não dá pra antecipar teorizando. Sim, pode ser um caminho bem difícil. Esse termo que as pessoas utilizam para se referir a nós - "só estudam" - é a prova do quanto desconhecem o significado e as implicações de se propor a construir uma formação intelectual.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
O dançarino de Brunei. Este é o nome do poema que Jorge de Sena fez a partir da observação desta foto, que, por sua vez, existe a partir da observação de um alguém a outro alguém. Estamos sempre olhando algo, o que não significa que sempre vejamos alguma coisa, já que há uma infinidade de coisas para se ver em qualquer direção que se olhe. Então, o negócio é olhar!
De certo modo, penso que o que temos na Universidade, já que nosso assunto aqui é o mundo acadêmico, é uma parte dos conhecimentos acumulados sendo oferecido, por sua vez também em partes - os cursos - e em níveis diferentes e, ainda de algum modo, graduais - graduação, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Se você ficou com a impressão de que isso não tem fim você está no lugar certo...
De certo modo, penso que o que temos na Universidade, já que nosso assunto aqui é o mundo acadêmico, é uma parte dos conhecimentos acumulados sendo oferecido, por sua vez também em partes - os cursos - e em níveis diferentes e, ainda de algum modo, graduais - graduação, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Se você ficou com a impressão de que isso não tem fim você está no lugar certo...
terça-feira, 13 de março de 2012
Início de semestre.
Passado o trote, ao menos aquele de rua - com estudantes pintados de todo o tipo de coisa - e iniciadas as aulas a sério, um dos primeiros desafios são as leituras que devem ser empreendidas, e que, com uma frequência bem desagradável, costumam gerar aquelas pilhas de livros (ou trechos xerocados). É de se imaginar que o pessoal que passou para as públicas sofra um pouco menos com isso, já que só passaram por que - entre outras qualidades - tem mais hábito e/ou intimidade com a tarefa de estudar regularmente. Mas todos são pegos por uma avalanche, de um modo ou de outro.
Um curso universitário presencial dura entre 4 e 5 anos, no tempo regular. São dois semestres por ano, com trabalhos e provas finas, então logo de cara aconselho: "não deixe as leituras ou exercícios se acumularem". Parece óbvio, mas não é só pelo acumulo em si que escrevo isso, mas principalmente porque se você vai acompanhando a teoria, entende melhor o desenrolar das aulas. É como cultivar uma planta: você vai alimentando-a com água e insumos gradativamente, não de uma vez só num período curto, tipo a semana de provas.
É aquela idéia - que parece que querem fazer passar por superada, principalmente com o advento de tablets e etc - de construir o conhecimento cotidianamente.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Começando bem o ano: filhão na faculdade!!!
Quando colocamos um filho no mundo, assumimos uma série de obrigações com esse filho e com toda a sociedade; fundamentalmente, assumimos a tarefa de construir um cidadão. (Escrevo esse texto sob a audição de Hino à alegria, de Beethoven). Então, depois de quase duas décadas, na "idade certa", quando ele diz: " - Passei pra Engenharia Química na UFRJ!" a gente se sente tendo cumprido parte do nosso dever, sobretudo se passamos boa parte da vida com dinheiro em quantidade insuficiente e com algumas pessoas dizendo que você não vai conseguir... É maravilhoso ter um filho calouro de faculdade!
sábado, 21 de janeiro de 2012
Período de férias.(?)
Dezembro é, geralmente, mês de segunda fase dos vestibulares, segunda época pra quem não se resolveu durante o ano letivo, escritura dos trabalhos - pra quem faz pós - que deverão ser entregues no início do próximo período; assim como Janeiro é mês de pegar os resultados, fazer pré-matrícula no SISU. Férias movimentadas, eu diria.
Como eu já vivo há quase quatro décadas, me lembro do tempo em que na época de férias, nós ficávamos mesmo de férias. Era o tempo de brincar na rua, ou em casa mesmo - que era o meu caso, devido a uns medos da minha mãe. Hoje é como se tivéssemos apenas intervalos entre os períodos letivos, um tempinho pra ler, estudar, escrever o que não cabe no dia-a-dia das aulas.
Descansar, nesse momento globalizado, internetado - que é diferente de conectado, competitivo ao extremo, é um palavrão. É quase como se você estivesse rasgando dinheiro, talvez o maior pecado em tempos de capitalismo bem selvagem.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Observar Calendários.
O início do ano, para quem está entrando para a universidade, ou para quem já está cursando, é tempo de observar os calendários para o novo ano letivo. Claro, os precavidos, além de algum merecido descanso, devem se dedicar aos estudos revisivos e peparatórios, lembrando o nosso fictício inventor de palavras Odorico Paraguassu.
Ocorre, penso, que tirar férias de livros e cadernos totalmente é um grande desperdício, e uma decisão equivocada num mundo tão e cada vez mais tão competitivo como esse nosso. Por outro lado, para pessoas como eu com probleminhas de cabeça, estudar tem o seu lado prazeiroso.
Ocorre, penso, que tirar férias de livros e cadernos totalmente é um grande desperdício, e uma decisão equivocada num mundo tão e cada vez mais tão competitivo como esse nosso. Por outro lado, para pessoas como eu com probleminhas de cabeça, estudar tem o seu lado prazeiroso.
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