terça-feira, 22 de novembro de 2011
Pensando a sociedade, vivendo em sociedade.
Estava assistindo a um telejornal, hoje pela manhã, e alguém falava sobre esse vazamento de Petróleo na bacia de Campos/ Rio de Janeiro, em exploração sob "responsabilidade" da empresa CHEVRON e uma informação chamou minha atenção, sobretudo porque comecei este blog como um espaço para pensar escrevendo a relação formação e sociedade.
Parece que o vazamento foi originado por erros de cálculo iniciais, especificamente da pressão da vazão juntamente com a capacidade de resistência do terreno em torno do poço. Daí foram se enfileirando como dominós uma série de erros, cujas consequências - sem falar do visual da mancha - ainda nem começamos a ver. É claro que nada nesse caso é simples, mas o que me interessa particularmente é a responsabilidade que a nossa formação profissional nos impõe.
Alguém poderia pensar que estou dizendo que o acidente é falha humana. Não, até porque trabalhei nos últimos cinco anos numa empresa que, como forma de economizar nas despesas, contrata pessoal não qualificado e mal remunerado para a realização das tarefas, bem como apressa os processos, colocando-se em risco diariamente. Em parte é por esta razão que aproveitei a primeira oportunidade que apareceu para sair de lá. Eu sei que não ceder ao patrão põe meu emprego em risco, e ceder trará como retorno problemas, mais tarde, que me serão atirados na face como incompetência somente minha. Os empregados, que é isso o que somos neste sistema - E NÃO COLABORADORES - estão sempre entre a cruz e a caldeirinha.
Por outro lado, independente da profissão, um diploma atesta uma determinada formação, e quando o ostentamos estamos assumindo termos determinados conhecimentos. Nesse quesito é que penso quando afirmo, e tenho afirmado muito isso, que tem-se buscado os diplomas, em detrimento do conhecimento. Ser formado deveria significar ter me esforçado para estudar e aprendido uma determinada quantidade de conteúdos, não simplesmente ter passado tanto tempo ou tantos períodos num banco escolar. Falo de compromisso.
Embora vivamos numa sociedade capitalista, onde boa parte da humanidade vende sua força de trabalho para ser assalariada e sobreviver, não estou falando de compromisso com a empresa, o patrão, a produção; estou falando de compromisso com nossa realização e com o próximo.
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