sábado, 11 de maio de 2013

Lendo, profissionalmente e para relaxar.

Quando eu estava na graduação, saindo de uma aula de inglês, um colega me "flagrou" no ponto do ônibus lendo um Saramago. Acho que era A CAVERNA. Ele disse pra eu descansar um pouco das tarefas, e respondi que não era tarefa, era distração. Ele acho engraçado, e disse: essa está na carreira correta!

Recentemente, logo depois da defesa do Mestrado em Literatura Portuguesa, comecei a ler o último livro da J. K. Rowling, MORTE SÚBITA. Queria me distrair com algo grandemente diferente da poesia portuguesa, não porque eu não goste dela, ou esteja enfastiada, mas para aproveitar que não tinha uma lista de obras pra ler pro Mestrado, pra escrever algo sobre. Tinha um tempo livre e queria me distrair, lendo...

É claro que, depois que aprendemos a fazer as leituras com certas "técnicas e teorias", não desaprendemos de ler assim nunca, mas não é por isso que ler deixe de ser um prazer ou distração. A literatura fornece muita companhia. Imagina, passar 7 anos acompanhando Harry Potter, a gente se sente colega dos Wisley, do Harry; sente falta do Dumbledore depois do sexto livro e por ai vai. É como ter amigos que moram em outro estado ou país.

Um romance não substitui a convivência com seres humanos de carne e osso; não é possível se sentir abraçado, por exemplo, e um livro não vem falar com você, se não o pegardes, nada de história. Mas como não se perder com Ulisses na ODISSÉIA, depois da guerra de Tróia; como não tramar junto com O CONDE DE MONTE CRISTO aquela vingança; como não se acabar de rir com o Chico no AUTO DA COMPADECIDA.

Essas sensações são tão reais quanto ir ao bar ou passear na rua com alguém.

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