quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
A formação de um ser humano.
A formação de um ser humano envolve muitas questões: que instrumentos e com que objetivos se dedica tempo à formação? e quem dedica tempo a realizar este objetivo?
Eu percebo em minhas postagens em vários lugares, nas conversas que desenvolvo, na convivência com vizinhas com filhos na escola, que tenho um insistente incômodo com a educação em boa parte das escolas brasileiras. Falo, é claro, da indigna remuneração dispensada aos professores; da falta de estrutura de grande parte das escolas; da falta de recursos tecnológicos e equipamentos, como laboratórios e bibliotecas. Mas, também reconheço, educação não é tarefa apenas da escola. E formar uma pessoa envolve mais do que o curriculum escolar.
Considerando que vivemos em sociedade, o que só é possível se houver regras comuns a todos, estamos falando de transmitir aos mais jovens Leis e Costumes, sem os quais um atropelaria o espaço/direito do outro, o que minaria qualquer possibilidade de ordem social. Mesmo eu tendo críticas à atual organização capitalista da sociedade, o que está baseado na economia de mercado e se apresenta em outros aspectos, como a cultura, a arte, o lazer e etc, o combate a este formato é feito dentro deste formato, e há de se ter alguma ordem e continuidade, caso contrário parecerá um mero acesso.
Mesmo a educação escolar necessita de algo mais que a escola. Por exemplo em História: as cidades são o palco em que a história acontece; são também uma parte da geografia do mundo. Esperar que somente na escola tudo seja transmitido é, no mínimo, cinismo. No entanto, penso que há um elemento que vem sendo subestimado e subaproveitado: refiro-me ao aluno. Ao interesse, à sua participação.
Há questões que dizem respeito ao conjunto da sociedade, à sua história que - como vem acontecendo na América do Sul - precisa ser recontada, investigada, de modo a promover ajustes posteriores a censuras empreendidas por ditaduras que, em geral, disseminam histórias e fatos mentirosos para justificar atrocidades que praticaram. Mas, embora seja uma grande oportunidade de participação popular, há que se ter populares interessados e dispostos a isto. Mesmo graduandos e acadêmicos que, por disporem de método, poderiam dar grande contribuição.
Não estou falando do exercício da profissão de pesquisador, mas do exercício da cidadania, que precisa - é óbvio - de cidadãos.
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